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    Herpes-zoster: o que é, sintomas e tratamento

    Doença pode ser prevenida com vacina e hábitos saudáveis

    Por Raquel RibeiroPublicado em 06/06/2022, às 15:22 - Atualizado em 25/09/2023, às 09:08
    Foto: Shutterstock

    Embora seja mais comum após os 50 anos, ela é democrática: pode acometer pessoas de todas as idades. Estamos falando da herpes-zóster, uma doença infecciosa causada pelo mesmo vírus da catapora e que tem como principal sintoma a formação de bolhas bem dolorosas.  

    Somente no Brasil, a herpes-zóster provocou 38.612 internações entre 2012 e 2017. É o que apontam os dados do Ministério da Saúde. 

    O que é herpes-zóster? 

    Herpes-zóster é uma doença causada pela reativação do vírus varicela-zóster (agente da catapora) que permanece alojado no indivíduo durante toda a vida. Ou seja, na infância o vírus causa a catapora e, na vida adulta, quando “acorda”, a herpes zoster.  

    Diferentemente do herpes simples – que afeta com mais frequência os órgãos genitais e a boca -, a herpes-zóster  costuma atingir apenas uma área da pele de um dos lados do corpo, como no rosto, no tórax, costas e membros superiores e inferiores.  

    A reativação do vírus costuma ocorrer em indivíduos com redução da imunidade, mesmo que temporária. O quadro pode ser mais grave em pacientes imunocomprometidos, como sob uso de quimioterapia, ou em pacientes com doenças crônicas como diabete melito. 

    Sintomas de herpes zóster

    Além da dor, podem surgir:  

    • Bolhas na pele; 
    • Vermelhidão e crostas; 
    • Ardência; 
    • Dores nos nervos;  
    • Coceira; 
    • Febre. 

    Herpes zóster é contagioso?

    Não, o herpes zóster não é uma doença contagiosa. Entretanto, pode ocorrer a transmissão do vírus varicela zóster através do contato direto com as lesões da pele. Em casos mais raros, pode ocorrer a transmissão do vírus por meio de secreções respiratórias da pessoa infectada.

    Prevenção 

    Durante a infância e adolescência, se a pessoa nunca teve catapora, é orientada a tomar a vacina contra varicela (catapora), feita de vírus vivo atenuado e com proteção duradoura. Proteção essa que reduz, mas não impede, a chance de ter herpes zoster.  

    Nas crianças, são aplicadas duas doses da vacina, sendo a primeira aos 15 meses e a segunda entre quatro e seis anos de vida. Já nos adolescentes ou adultos não vacinados, a vacina deve ser aplicada em duas doses, com intervalo de um a dois meses entre as doses.    

    Nas pessoas acima de 50 anos, onde a prevalência da doença é maior, a vacinação não só é indicada como traz uma concentração bem maior de vírus. Mesmo quem já teve catapora ou herpes-zóster em algum momento da vida, deve tomar.  

    + LEIA TAMBÉM: Calendário de vacinação: veja qual vacina tomar de acordo com a sua idade

    Gestantes ou pessoas com baixa imunidade devem consultar um médico antes de se vacinar, uma vez que a vacina é feita com vírus vivo.   

    Outra medida de prevenção é manter uma vida saudável, com uma boa alimentação, prática regular de atividade física e manejo do estresse. Todas essas ações contribuem para um sistema imunológico mais saudável.  

    Diagnóstico e tratamento 

    O diagnóstico é feito com a avaliação das lesões características. Não é recomendada a realização de exames sorológicos. Em alguns casos raros, as lesões podem não aparecer e a pessoa só sentir dor. Examinar o conteúdo das bolhas que se formam na pele também pode ajudar no diagnóstico.  

    O tratamento é feito com medicamentos antivirais específicos para combater o vírus varicela-zóster. Esses remédios também evitam complicações como a neuralgia pós-herpética (dor intensa que permanece depois da cicatrização), infecção bacteriana secundária de pele, trombocitopenia, entre outras.  

    Já para evitar a dor, um médico pode prescrever analgésicos. Atenção: não se automedique! Procure sempre a orientação de um profissional habilitado. 

    Fontes: Renato Angelucci, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e com especialização em Cirurgia Dermatológica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), Ricardo Cantarin, infectologista do HSANP e Gisele Cristina Gosuen, infectologista pelo Instituto de Infectologia Emílio Ribas e Mestre em Ciências pela UNIFESP/EPM. 

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