Pacientes imunodeprimidos são aqueles que possuem o sistema imunológico comprometido, ficando mais suscetíveis a doenças potencialmente perigosas.
Entre os pacientes, podemos citar as pessoas que convivem com o HIV, os receptores de transplantes de órgãos sólidos, os transplantados de células-tronco hematopoiéticas e os portadores de doenças reumatológicas e autoimunes.
Com o objetivo de fornecer maior proteção para esse grupo de pessoas, manter o calendário de vacinação atualizado é essencial, porém a imunização deve ser feita com alguns cuidados.
São pacientes que possuem o sistema imune fragilizado por conta de determinadas condições, podendo apresentar risco aumentado para doenças infecciosas.
Saiba: O que são imunidade inata e imunidade adquirida: quais as diferenças.
A imunossupressão pode ocorrer por doenças ou tratamentos, como transplantes, uso de drogas imunossupressoras, imunodeficiências congênitas e outros.
Para estes pacientes, é importante saber como as vacinas agem no organismo. A aplicação de vacinas inativadas pode ser feita e não aumenta o risco para possíveis eventos adversos. No entanto, dependendo do grau de imunossupressão, a eficácia geral da vacina pode ser comprometida. Nestes casos, outras medidas são também recomendadas, como a vacinação das pessoas que convivem com pacientes imunodeprimidos.
Já as vacinas vivas atenuadas podem representar riscos para imunodeprimidos e seu uso deve ser analisado por um profissional.
A presença de doenças crônicas como diabetes e hipertensão, na ausência de imunossupressão, não contraindica a vacinação inativada ou viva atenuada.
O transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) é o tratamento recomendado para alguns tipos de câncer, tais como linfomas, leucemias, mielomas e neuroblastomas, e também doenças autoimunes, entre outras condições.
Por ser um transplante que afeta o sistema imunológico, a conduta para as vacinas é diferente. Veja:
Pacientes que necessitaram passar por transplante de órgãos sólidos, como rim, fígado, coração, pulmão e pâncreas, possuem risco aumentado para doenças infecciosas, principalmente pneumonia, infecção generalizada, meningite, gripe por Influenza, catapora e herpes zóster.
As recomendações de vacinação variam de acordo com qual doença levou ao transplante, idade, drogas utilizadas para o tratamento e ocorrência ou não de rejeição.
Segundo a SBIm, as particularidades da vacinação, são:
Para os pacientes em tratamento para câncer ou em uso de drogas imunodepressoras, recomenda-se que todas as vacinas sejam aplicadas antes do início da quimioterapia ou radioterapia, de modo a aumentar a resposta à vacinação.
Para as vacinas inativadas, a aplicação deve ser feita ao menos duas semanas antes, e as de vírus vivos atenuados, quatro semanas antes.
Caso o tratamento precise ser feito com urgência e não haja tempo de administrar os imunizantes, ainda é possível se imunizar com as vacinas inativadas. Geralmente o que se faz é aguardar o final do tratamento e só então vacinar.
Já as vacinas vivas atenuadas não devem ser administradas durante este tratamento.
As imunodeficiências congênitas ou primárias, denominadas atualmente erros inatos da imunidade (EII), podem afetar o sistema imune de diferentes maneiras dependendo da doença.
A principal causa de adoecimento e morte em EII são as infecções. Analisando cada caso, o médico deve recomendar o melhor esquema vacinal a ser seguido.
A terapia antirretroviral é utilizada para inibir a replicação do HIV e fornece maior qualidade de vida para as pessoas acometidas pelo vírus. Entretanto, indivíduos com HIV possuem o sistema imunológico comprometido, sendo necessários determinados cuidados. A eficácia da vacinação varia de acordo com a vacina utilizada e a condição imunológica do paciente. Dessa forma, são necessárias a adaptação do calendário vacinal e a adoção de esquemas de doses diferentes para alguns pacientes.
As doenças autoimunes (DAI) ocorrem quando o sistema imunológico ataca células saudáveis do organismo. São doenças que acometem predominantemente mulheres.
Quando acometidos por infecções, pacientes portadores de doenças autoimunes podem apresentar mais complicações. Além disso, os medicamentos utilizados para reduzirem os sintomas podem reduzir a resposta do sistema imunológico a alguns microrganismos.
A SBIm explica que as particularidades da vacinação, são:
A fim de proteger os pacientes imunodeprimidos, é recomendada a vacinação de contatos domiciliares, respeitando as idades propostas nos calendários de vacinação disponibilizados pela SBIm.
A importância de tomar a vacina do COVID-19 é clara para toda a população mundial e os indivíduos imunossuprimidos devem também se vacinar. Converse com o seu médico para receber orientações e esclarecer suas dúvidas.
Além de se vacinarem, pacientes com alguma condição de imunossupressão devem realizar acompanhamento médico rotineiro para manter o tratamento indicado para sua condição específica.
Fonte:
SBIm. Pacientes especiais: Pessoas imunodeprimidas por doença ou tratamento. Disponível em: https://familia.sbim.org.br/seu-calendario/pacientes-especiais/vacinacao/pessoas-imunodeprimidas-por-doenca-ou-tratamento
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