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    Febre: causas e quando procurar um médico

    Veja quais temperaturas são consideradas anormais e quais sintomas são sinais de alerta

    Por Tiemi OsatoPublicado em 09/09/2022, às 11:23 - Atualizado em 25/05/2023, às 15:21
    Foto: Shutterstock

    A febre é um mecanismo de defesa do nosso organismo. Quando o sistema imunológico percebe que tem algo errado, ele aciona o hipotálamo – região do cérebro que influencia o nosso termostato – e aumenta a temperatura corporal.

    “A temperatura do corpo humano varia ao longo do dia”, explica  Sumire Sakabe, infectologista do Hospital Nove de Julho. De manhã, registramos uma temperatura mais baixa e, com o tempo, ela sobe um pouco. “Consideramos normal entre 35.3ºC e 37.7ºC”, complementa a médica.

    A partir de 37.8ºC, entende-se que o aumento da temperatura é anormal e, por isso, chamamos de febre.

    O que causa a febre?

    “Ter febre indica que alguma coisa não vai bem”, afirma Cristhieni Rodrigues, infectologista do Hospital Santa Paula. E o motivo mais comum para essa alteração no corpo são infecções desencadeadas por vírus, bactérias ou parasitas.

    Além dos processos infecciosos, existem outras doenças que podem causar febre. É o caso de doenças reumáticas (como artrite reumatoide), autoimunes (como lúpus descompensado) e oncológicas (como linfoma e leucemia).

    Quais sintomas podem acompanhar a febre?

    É comum a febre gerar mal estar e desconforto. Isso pode se manifestar por sensação de frio e dores de cabeça, no corpo e nas articulações.

    “A febre também pode mostrar que aquela infecção ou aquele processo está acontecendo em um órgão específico”, comenta Rodrigues. “Se o paciente está com febre e ardência urinária, é possível direcionar para infecção urinária”, exemplifica.

    Quando é preciso procurar um médico?

    Se a febre durar um ou dois dias, não ultrapassar os 39ºC e não estiver acompanhada de outros sintomas relevantes, a princípio não há necessidade de buscar atendimento médico.

    Mas, em alguns cenários, a avaliação especializada pode ser essencial. “Muitas vezes a gente vê pacientes no pronto-socorro já em sepse (infecção generalizada), porque não valorizaram a febre e os sintomas nos dias anteriores. Assim, eles chegam em um status muito avançado do processo infeccioso que pode até evoluir para uma doença mais grave”, comenta Rodrigues.

    Vale ficar atento às seguintes situações:

    Arte: Andrea Petkevicius

    Em quais situações tomar remédio para febre?

    Nem sempre é preciso recorrer a medidas farmacológicas. Mas se você tiver um quadro leve e sentir muito desconforto, algumas alternativas são ácido acetilsalicílico (AAS), paracetamol e dipirona. O melhor é optar pelo medicamento que você já usou e não gerou nenhuma reação adversa.

    “Em geral, os antitérmicos são seguros e podem ser tomados para o controle da febre. Mas é importante lembrar que eles apenas abaixam a temperatura e não tratam a causa”, diz Sakabe.

    E é preciso estar atento à quantidade ingerida. “O paracetamol em grandes quantidades pode causar dano severo ao fígado. Os antiinflamatórios não hormonais comuns, se usados indiscriminadamente, podem acarretar problemas renais e gástricos”, alerta a infectologista.

    Vale ressaltar que existem os casos nos quais a automedicação deve ser evitada, dando prioridade ao atendimento médico.

    Isso costuma se aplicar a situações que já mencionamos: crianças, idosos, pessoas com alterações imunológicas, indivíduos com febre alta acompanhada de outros sintomas importantes e pacientes com febre que não baixa.

    Como baixar a febre em casa?

    O primeiro caminho consiste em medidas comportamentais. Você pode tomar um banho em uma temperatura mais amena, não usar roupas muito quentes e não se cobrir demais. O objetivo é aumentar a perda de calor do corpo para o ambiente.

    Em segundo lugar, estão as medidas farmacológicas. Lembrando, mais uma vez, que as recomendações de manejo da febre em casa são para quadros mais leves. Os quadros mais graves devem procurar atendimento médico.

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