A vacina hexavalente (DTPa-VIP-HB/Hib), é capaz de conferir proteção contra seis doenças infecciosas e inclui as vacinas: tríplice bacteriana acelular (DTPa), a poliomielite inativada (VIP), a hepatite B (HB) e a Haemophilus influenzae tipo b (Hib).
É uma vacina extremamente importante para prevenir doenças já controladas no país, como difteria, tétano, coqueluche, meningite por Haemophilus influenzae tipo b, poliomielite e hepatite B.
O imunizante é recomendado para todas as crianças com mais de dois meses de idade, mas pode ser aplicado até os 7 anos.
A vacina hexavalente é responsável por conferir a proteção fornecida por várias vacinas em uma só e com a mesma eficiência.
O imunizante é inativado, ou seja, incapaz de causar a doença. É composto pela vacina tríplice bacteriana acelular, contém componente da bactéria Haemophilus influenzae tipo b conjugado, vírus inativados (mortos) da poliomielite tipos 1, 2 e 3 e componente da superfície do vírus da hepatite B. A composição também inclui: lactose, cloreto de sódio, 2-fenoxietanol, hidróxido de alumínio e água para injeção. Além disso, pode conter traços de antibiótico (estreptomicina, neomicina e polimixina B), formaldeído e soroalbumina de origem bovina.
A vacina hexavalente protege contra seis doenças diferentes em uma só injeção. São elas:
A difteria é uma doença causada pela Corynebacterium diphtheriae e é altamente transmissível. Normalmente, acomete as amígdalas, faringe, laringe, nariz e, em alguns casos, outras partes do corpo, como pele, coração e nervos periféricos.
A doença pode atingir pessoas de todas as faixas etárias que não foram vacinadas previamente e em qualquer época do ano.
Os principais sintomas incluem placas branco-acinzentadas nas amígdalas, calafrios, febre, mal-estar, falta de ar, erupções cutâneas ou úlceras, dificuldade de fala, dificuldade ou dor ao engolir, fraqueza muscular e aumento dos gânglios.
A transmissão da difteria ocorre via contato direto de pessoa para pessoa, por meio da tosse, espirro e lesões na pele.
O tétano é uma infecção bacteriana gravíssima que é rara no Brasil, graças à vacinação. A doença não é transmissível e é causada por uma toxina produzida pela bactéria Clostridium tetani que pode ser encontrada nas fezes de animais e de seres humanos, nas plantas e em objetos, e é capaz de contaminar as pessoas que tenham lesões na pele.
O tétano acomete diretamente o sistema nervoso, e os principais sintomas incluem: rigidez muscular, dificuldade para abrir a boca e de deglutição, espasmos musculares faciais, arritmia cardíaca, febre, pressão alta e sudorese.
A coqueluche, conhecida como tosse comprida, é uma infecção altamente contagiosa que acomete o trato respiratório e é causada pela bactéria Bordetella pertussis. O grupo de risco para a doença são crianças, principalmente as menores de 6 meses.
Os principais sintomas são divididos em três fases, onde a primeira é a mais leve e inclui mal-estar geral, corrimento nasal, tosse seca e febre baixa.
Já na fase intermediária, os sintomas evoluem para tosse, que passa de leve e seca para intensa e descontrolada, tosse que pode ser tão intensa que chega a comprometer a respiração e crise de tosse que pode provocar vômito e cansaço extremo. Sangramento em conjuntivas e também intracranniano podem ocorrer.
Na fase de convalescença, os sintomas vão diminuindo, mas podem ainda persistir por várias semanas.
O Haemophilus influenzae tipo b (Hib), é uma bactéria que pode causar meningite e outras doenças perigosas. A infecção acomete, principalmente, crianças menores de cinco anos de idade e atinge a nasofaringe, podendo se estender para outras partes do corpo, como pele, ouvidos, pulmões, articulações, membranas que revestem o coração, medula espinhal e cérebro.
Os sintomas mais comuns que indicam a infecção incluem febre, dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos e rigidez de nuca.
A hepatite B é a causa de uma inflamação no fígado que, normalmente, é assintomática e evolui de maneira benigna, porém quando é sintomática, pode causar dores musculares e de barriga, diarreia, vômitos, cansaço, perda de apetite e pele ou olhos amarelados (icterícia).
Em alguns casos, a hepatite B pode se tornar crônica, o que pode levar à cirrose.
A poliomielite é uma infecção viral que pode causar paralisia infantil. É altamente contagiosa e acomete, principalmente, crianças menores de cinco anos.
Na maioria dos casos a doença é assintomática, porém alguns pacientes infectados relatam sintomas leves, como febre, enjoo, vômitos, dor abdominal, diarreia, dor de cabeça, tosse e coriza. A doença é grave pois em poucos casos causa uma sequela permanente, a paralisia de membros.
O imunizante é indicado para todas as crianças com mais de 2 meses de vida e pode ser aplicada até os 7 anos.
A vacina é contraindicada para crianças a partir de 7 anos, crianças ou bebês que apresentaram encefalopatia nos sete dias seguintes à aplicação anterior de vacina contendo componente pertussis e presença de anafilaxia (alergia grave) a qualquer componente da vacina.
A vacina é indicada como rotina aos 2 e 6 meses, com a dose de 4 meses e o 1º reforço entre 12 e 18 meses sendo dado na forma de Vacina Pentavalente Acelular, que previne difteria, tétano, coqueluche, meningite por Haemophilus influenzae tipo b e poliomielite.
O 2º reforço deve ser feito entre 4 e 5 anos de idade, sendo recomendado o uso das vacinas DTPa ou dTpa-VIP.
Normalmente as reações adversas da vacina estão ligadas ao componente pertussis (coqueluche). Esses eventos adversos acontecem com maior frequência nas doses de reforço.
As reações comuns incluem dor, vermelhidão e inchaço no local da aplicação, perda de apetite, irritabilidade, choro persistente e inquietação (em crianças) e febre maior ou igual a 38º C.
As reações incomuns acometem de 0,01% a 1% dos pacientes vacinados, que podem apresentar convulsão febril e episódio hipotônico-hiporresponsivo (EHH). Pode também ocorrer sonolência, tosse e edema difuso do membro onde foi administrada a vacina.
Menos de 0,01% dos vacinados apresentam problemas neurológicos (encefalite), inchaço transitório nas pernas com roxidão ou pequenos sangramentos transitórios, e anafilaxia (alergia grave).
Há diferenças na composição entre a vacina pentavalente do serviço privado e do serviço público e a vacina hexavalente.
Vacina pentavalente da rede pública: Composta por DTP (difteria-tétano e coqueluche de células inteiras), Hib (Haemophilus influenzae tipo b) e HB (hepatite B).
Vacina pentavalente do serviço privado: Composta por IPV (poliomielite inativada), DTPa (difteria-tétano e coqueluche acelular) e Hib (Haemophilus influenzae tipo b).
Vacina hexavalente: Composta por IPV (poliomielite inativada), DTPa (difteria-tétano e coqueluche acelular), Hib (Haemophilus influenzae tipo b) e HB (hepatite B).
A vacina hexavalente é capaz de proteger as pessoas de seis doenças em uma só vacina. Essas enfermidades podem ser muito perigosas, principalmente em crianças menores de cinco anos de idade. A vacina hexavalente faz parte das vacinas do bebê e é a única forma de proteger a todos com eficácia e segurança.
Não. A vacina hexavalente só está disponível nos serviços privados de vacinação.
Você pode encontrar a vacina hexavalente em laboratórios particulares e especializados que fornecem esse tipo de serviço.
Fontes
Família SBIm. Vacinas combinadas à DTPa. Disponível em: https://familia.sbim.org.br/vacinas/vacinas-disponiveis/vacinas-combinadas-a-dtpa
FioCruz. Haemophilus influenzae B (Hib): sintomas, transmissão, prevenção. Disponível em: https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/hib-haemophilus-influenzae-tipo-b-sintomas-transmissao-e-prevencao
Vacinas relacionadas
Comentários