A vacinação de bloqueio é indicada em situações de surto e deve ser utilizada de acordo com a situação vacinal analisada previamente.
Essas análises incluem epidemiologia, características da população e a área geográfica de ocorrência dos casos.
Todos esses procedimentos precisam estar relacionados com a campanha de vacinação e normas do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde (PNI/MS).
A vacinação de bloqueio consiste em imunizar toda a comunidade em casos de surtos de doenças. O principal objetivo desse tipo de vacinação é impedir que novas ocorrências de determinada enfermidade apareçam. Quando são registrados casos de alguma doença em uma comunidade, as autoridades de Saúde são responsáveis por tomar a decisão de vacinar essas pessoas para reduzir o número de infectados e a transmissão.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações, um bom exemplo de como ocorre o bloqueio vacinal é a vacinação de bloqueio contra a doença meningocócica (meningite), cujo período de incubação, ou seja, o tempo que a doença demora para se manifestar, é curto. A vacinação de bloqueio não impedirá que a doença não se manifeste em pessoas que já foram contaminadas, mas servirá para proteger aqueles que ainda não tiveram contato com a bactéria e que fazem parte do convívio de pessoas infectadas. O objetivo é impedir a transmissão.
Quando há um caso suspeito de sarampo ou rubéola, é necessário realizar buscas em locais frequentados pelo indivíduo acometido, com o objetivo de identificar outros casos. Essa pesquisa inclui a análise de residências, creches, colégios, centros de saúde, hospitais, farmácias, quartéis e outros.
A melhor medida de controle, além do isolamento em caso de suspeita dessas doenças, é fazendo a vacinação de bloqueio com a vacina tríplice viral junto com uma equipe especializada em imunizações.
Recomenda-se que essa vacinação de bloqueio seja feita no prazo máximo de até 72 horas após o contato com o caso suspeito ou confirmado de sarampo.
A vacina tríplice viral, que confere proteção contra o sarampo, rubéola e caxumba, é recomendada pelo Ministério da Saúde desde 2013, devendo ser administrada uma dose da vacina tríplice viral aos 12 meses e uma dose da vacina tetraviral (que confere proteção contra o sarampo, rubéola, caxumba e varicela) aos 15 meses de idade.
Quem deve tomar a vacina de sarampo-caxumba-rubéola são crianças, adolescentes e adultos. Trata-se de uma vacina atenuada, contendo vírus vivos enfraquecidos do sarampo, da rubéola e da caxumba.
As reações da vacina do sarampo-caxumba-rubéola normalmente acometem apenas uma pequena parcela das pessoas vacinadas, sendo considerada pouco reatogênica.
A vacina tríplice viral pode ser encontrada gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde, no esquema de duas doses para pessoas de 12 meses a 29 anos e uma dose para adultos entre 30 e 59 anos.
Além disso, em casos de surtos, o Ministério da Saúde pode realizar campanhas vacinais.
Já nos serviços privados de vacinação, o imunizante está disponível para crianças, adolescentes e adultos de qualquer idade.
Fontes
G1 Bem estar. Sarampo: entenda o que é ‘vacina de bloqueio’ e ‘vacina de reforço’. Disponível em: https://g1.globo.com/bemestar/blog/ana-escobar/post/2019/06/24/sarampo-entenda-o-que-e-a-vacina-de-bloqueio-e-vacina-de-reforco.ghtml
SBIm. Conceitos importantes. Disponível em: https://familia.sbim.org.br/vacinas/conceitos-importantes
Secretária de Saúde Rio Grande do Sul. Medidas de prevenção e controle. Disponível: https://saude.rs.gov.br/medidas-de-prevencao-e-controle-5cc204797eb99
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