A importância da amamentação está associada a vários aspectos médicos, uma vez que é possível desenvolver inúmeros benefícios para a saúde da mãe e do bebê.
A infância é o período em que o bebê está suscetível a diversas infecções, isso porque seu sistema imunológico ainda está em formação. O aleitamento materno e as vacinas têm grande importância no auxílio do desenvolvimento de proteção para as crianças.
Além disso, a amamentação é uma maneira de estreitar os laços de afeto entre mãe e filho, além de conferir proteção, nutrição e contribuir para a redução da morbimortalidade infantil.
A amamentação é importante para a nutrição do bebê. É também o primeiro contato dele com anticorpos de mucosa, células e outros componentes do colostro e do leite materno conferidos pela mãe e responsáveis por estimular o desenvolvimento da imunidade e evitar doenças infecciosas durante essa faixa etária. Além disso, o aleitamento materno é responsável por criar vínculos profundos entre mãe e filho.
A composição do leite materno pode variar de acordo com diversos fatores, dependendo da individualidade genética, nutrição materna e o período de lactação.
Além disso, enquanto não é possível aplicar as vacinas para crianças, a mãe é capaz de conferir proteção para o bebê contra doenças infecciosas através da amamentação.
O aleitamento materno também possui grandes benefícios para as mães, veja:
Previne o câncer de mama: Estima-se que o risco de contrair o câncer diminua 4,3% a cada 12 meses de amamentação. Essa estimativa varia de acordo com outros fatores, como idade, etnia, paridade e presença ou não de menopausa.
Evita nova gestação: Durante os primeiros seis meses, a amamentação atua como método anticoncepcional se a mãe estiver amamentando de forma exclusiva e predominante e ainda não tenha menstruado.
Vínculo afetivo entre mãe e filho: O contato da mãe com o filho traz benefícios psicológicos tanto para a mãe quanto para o bebê, uma vez que passam tempos juntos e são capazes de proporcionar afeto, segurança e proteção um ao outro.
Algumas doenças que o aleitamento materno pode ajudar a reduzir são: câncer de ovário, câncer de útero; hipercolesterolemia, hipertensão e doença coronariana; obesidade; doença metabólica; osteoporose e fratura de quadril; artrite reumatóide; depressão pós-parto; e diminuição do risco de recaída de esclerose múltipla pós-parto.
Para o bebê, os benefícios da amamentação são:
A Organização Mundial da Saúde (OMS) juntamente com o Ministério da Saúde, recomenda a amamentação por dois anos ou mais, e exclusiva nos primeiros seis meses de vida. Os órgãos de saúde explicam que não é necessário introduzir os demais alimentos antes dos seis meses de idade, podendo até gerar complicações na saúde do bebê.
Durante o segundo ano de vida, o leite materno é responsável por fornecer uma grande parte dos nutrientes. Estima-se que dois copos (500 mL) de leite materno, nessa faixa etária, forneçam 95% das necessidades de vitamina C, 45% das de vitamina A, 38% das de proteína e 31% do total de energia.
Para evitar problemas para a mãe e para o bebê durante o aleitamento materno, a Organização Mundial da Saúde (OMS) indica quatro pontos de atenção ao amamentar.
Para o posicionamento adequado do bebê, atente-se às seguintes instruções:
Para que o bebê consiga se alimentar de forma adequada, é necessário seguir os seguintes passos:
A mãe deve se atentar às seguintes condições que podem indicar técnica inadequada de amamentação:
As únicas vacinas que a mãe que amamenta não pode tomar enquanto a criança tiver menos de 6 meses são a vacina febre amarela e a vacina dengue.
A administração da vacina para SARS-CoV-2 durante a amamentação ainda é assunto pouco conhecido. Por causa disso, a mulher que amamenta deve se aconselhar com o seu médico e com o pediatra do seu filho.
Ainda não se sabe ao certo se a vacina COVID-19 é capaz de conferir proteção através do leite materno para a criança.
Além disso, de acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde, gestantes infectadas pela COVID-19 podem amamentar normalmente o bebê.
Até o momento, ainda não há registros de transmissão do Coronavírus via leite materno. Para que não haja riscos de transmissão, recomenda-se a boa higiene antes e depois do contato com o bebê, além do uso de máscaras.
A vacina e a amamentação são duas estratégias de proteção muito eficazes e seguras, ambas são de extrema importância para a saúde do seu bebê.
Sim. A vacina da gripe inclusive faz parte das vacinas recomendadas para gestantes e lactantes e deve ser tomada todos os anos.
Através da amamentação acontece a transferência de imunoglobulinas antimicrobianas que protegem de forma passiva a criança enquanto seu sistema imunológico está em desenvolvimento.
Estudos realizados pela Sociedade Brasileira de Pediatria mostram que a exposição precoce ao antígeno através do leite materno contribui para o desenvolvimento do sistema imunológico da criança.
Sim. A vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e varicela (catapora) são contraindicadas durante a gestação, pois não são inativadas. Porém, após o parto e durante a amamentação, estão liberadas.
As vacinas para o bebê, até os seis meses de vida, incluem:
Não. A vacina febre amarela é contraindicada para gestantes e lactantes que estejam amamentando crianças com menos de seis meses de vida.
Fontes
Ministério da Saúde. SAÚDE DA CRIANÇA: Aleitamento Materno e Alimentação Complementar. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf
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