A mutação de vírus (variante) acontece frequentemente para determinados vírus, o que pode gerar grande preocupação. O que acontece é que o vírus é biologicamente capaz de gerar diversas cópias, se reproduzindo rapidamente quando entra em uma célula do organismo.
Em alguns casos, as novas variantes surgem e desaparecem. Já em outros, novas variantes surgem e persistem, podendo ser ainda mais transmissíveis e graves.
Entender como elas se comportam, nos auxilia a entender como se espalham e afetam as pessoas da comunidade.
Todos os vírus são capazes de evoluir com o tempo, e com o SARS-CoV-2 não é diferente. Quando os vírus se multiplicam, é normal que eles mudem um pouco, podendo ser mais perigosos ou não. Antigamente essas mudanças eram conhecidas como “mutações”, hoje em dia chamamos de “variantes” do vírus original.
Devido às mutações sofridas pelos vírus, algumas vacinas precisam ser administradas anualmente para serem capazes de conferir proteção, o que é o caso da vacina da gripe.
A mutação de um vírus ocorre com maior frequência quando ele está circulando amplamente em uma população e infectando muitas pessoas de uma vez. Isso acontece pois quanto mais oportunidades o vírus tem de se espalhar, mais ele é capaz de se multiplicar e mudar.
A maioria das mutações são nocivas e não trazem grandes impactos. Porém, isso depende de onde as alterações estão localizadas no material genético do vírus, podendo afetar diretamente o comportamento dele, como gerando maior facilidade de transmissão e gravidade da infecção.
Isso dependerá do nível de circulação e transmissão que um vírus apresenta na comunidade, bem como da sua capacidade de causar uma doença grave. Quando o vírus apresenta baixa taxa de transmissão, menores são as chances deles se multiplicarem e sofrerem a mutação não nocivas.
Ainda não sabemos quão amplamente essas novas variantes se espalharam, como a doença causada por essas novas variantes difere da doença causada por outras variantes que estão circulando e como essas variantes podem afetar as terapias, vacinas e testes já existentes.
As novas variantes são identificadas quando se sequenciam os vírus isolados. Segundo o Center of Disease Control (CDC), no Brasil, foi encontrada uma variante chamada P.1, que foi identificada pela primeira vez em viajantes do Brasil testados durante triagem de rotina em um aeroporto do Japão, no início de janeiro.
Esta variante é composta por um conjunto de mutações que podem afetar sua capacidade de ser reconhecida por anticorpos e foi detectada pela primeira vez nos Estados Unidos no final de janeiro de 2021.
Assim como a campanha de vacinação da gripe é altamente eficaz para prevenir infecções causadas pelo vírus Influenza, que sofre mutação todos os anos, novas campanhas podem vir a ser necessárias para a COVID-19 nos próximos anos.
A vacinação contra o Coronavírus começou recentemente, então ainda não é possível saber se a vacina da gripe e a vacina da COVID-19 terão semelhanças na quantidade de doses recomendadas para conferir proteção e nem sobre a periodicidade dos reforços.
As vacinas em circulação, capazes de combater o Coronavírus, são muito eficazes para prevenir as formas graves da doença. Até o momento, acredita-se que eficácia da CoronaVac esteja próximo de 100% em casos moderados e graves.
As variantes não tornam os imunizantes completamente ineficazes, mas é possível que uma vacina seja menos eficaz que outras no combate às variantes.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estudos estão sendo realizados diariamente sobre como as variantes agem e quais são as melhores formas de preveni-las.
A recomendação para o momento é para que todos se imunizem assim que possível. Novas doses podem ser recomendadas futuramente como reforços para combater o vírus.
A COVID-19 foi considerada uma pandemia, que é quando ocorre a disseminação mundial de uma nova doença, se espalhando entre os continentes e países. Por ser altamente transmissível e circular em todo o mundo, abre espaços para novas variantes surgirem. A única forma de conter isso, é realizando todas as medidas preventivas propostas pelos órgãos de saúde, incluindo uma vacinação extensa em todo o mundo.
A forma mais eficaz de prevenir o surgimento das novas variantes, é interrompendo a propagação na fonte. Isso não é uma tarefa simples, mas as recomendações de saúde oficiais devem ser seguidas fielmente para que seja possível reduzir a transmissão e, assim, reduzir as oportunidades dos vírus se modificarem.
Outra maneira eficaz, é aumentar a produção de vacinas para que sejam distribuídas o mais rápido possível. Quanto mais pessoas são vacinadas, menores são as chances de transmissão, o que resultará em menos mutações.
Medidas preventivas como lavagem frequente das mãos e dos objetos, evitar lugares que causem aglomerações, usar máscaras protetoras, manter o distanciamento de pelo menos 1 metro e manter os ambientes sempre ventilados, são recomendações que não devem ser deixadas de lado, nem mesmo após tomar a vacina Coronavírus.
Fontes
CDC. About Variants of the Virus that Causes COVID-19. Disponível em: https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/transmission/variant.html
WHO. The effects of virus variants on COVID-19 vaccines. Disponível em: https://www.who.int/news-room/feature-stories/detail/the-effects-of-virus-variants-on-covid-19-vaccines#:~:text=When%20a%20virus%20replicates%20or,of%20the%20original%20virus.
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